Perspectiva construcionista social e dimensão cultural: contribuições para os estudos organizacionais
DOI:
https://doi.org/10.7769/gesec.v11i2.961Palavras-chave:
Dimensão cultural, Construcionismo social, Epistemologia, Teoria das Organizações, Secretariado Executivo.Resumo
Com o advento da modernidade as organizações tornaram-se o cerne da vida social. O interesse em compreender este fenômeno aproximou os estudos organizacionais dos estudos sociais, o que tem proporcionado a construção de teorias capazes de explicar as relações que inserem as práticas organizacionais no processo de organização social. Desse modo, justifica-se compreender em profundidade as premissas ontológicas e epistemológicas na medida em que estas fundamentam teorias e consequentemente metodologias, para que sejam evitados equívocos e incoerências na realização de pesquisas científicas. O objetivo deste artigo é compreender e ampliar estudos que partem de uma visão construcionista social quando considerada a dimensão cultural. Para isso, recorreu-se à revisão sistemática da literatura internacional que versam sobre estudos culturais fundamentados no construcionismo. A análise final possibilitou destacar contribuições teóricas e metodológicas coerentes epistemologicamente, indicar as inconsistências nos trabalhos analisados, esclarecer lacunas e apontar caminhos para ampliar pesquisas culturais sócio-construcionistas.Downloads
Referências
Abpsec - Associação Brasileira de Pesquisa em Secretariado. (2019). Revistas científicas. Recuperado em 02 abril, 2019, de http://www.abpsec.com.br/abpsec/index.php/a-pesquisa/revistas-cientificas
Berger, P. L., & Luckmann, T. (2012). A construção social da realidade. (34a ed.). Petrópolis: Vozes.
Biscoli, F. R. V. (2017). A dimensão cultural como construção social incorporada: um estudo na prática de secretariado executivo na Sicredi do Oeste Paranaense. Tese de Doutorado, Universidade Positivo, PR, Brasil.
Biscoli, F. R. V, Durante, D. G., & Bulgacov, Y. L. M. (2016). Prática profissional do secretariado executivo em organizações: indícios de uma prática no contexto social brasileiro. Espacios (Caracas), 37(11), 16.
Bjorkeng, K., Clegg, S. & Pitsis, T. (2009). Becoming(a) practice. Management Learning, 40(2), 145-159.
Burrell, G., & Morgan, G. (1979). Sociological paradigms and organizational analysis. London: Heinemann Educational Books.
Bruni, A., Gherardi, S., & Poggio, B. (2004). Entrepreneur-mentality, gender and the study of women entrepreneurs. Journal of Organizational Change Management, 17(3), 256-268.
Bruschini, M. C. A. (2007). Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos de pesquisa, 37(132), 537-572.
Burrel, G., & Morgan, G. (1979). Sociological paradigms and organizational analysis.(W. Martins, Trad. livre).
Calabrese, R., & Cohen, E. (2013). An appreciative inquiry into an urban drugcourt: cultural transformation. The Qualitative Report, 18(1), 1-14.
Chang, B. (2010). Culture as a tool: facilitating knowledge construction in the context of a learning community. International Journal of Lifelong Education, 29(6), 705-722.
Cilliers, P. (2002). Complexity and postmodernism: Understanding complex systems. routledge.
Cohen, L. (2006). Remembrance of things past: Cultural process and practice in the analysis of careers theories. Journal of Vocational Behavior, 69, 189-201.
Corbetta, P. (2003). Social research: Theory, methods and techniques. Sage.
Cuche, D. (2002). A noção de cultura nas ciências sociais. (2a ed.). Tradução: Viviane Ribeiro. São Paulo: Edusc.
De-La-Torre-Ugarte-Guanilo, M. C., Takahashi, R. F., & Bertolozzi, M. R. (2011). Revisão sistemática: noções gerais. Revista da Escola de Enfermagem USP, 45(5), 1260-1266, out.
Durante, D. G. (Org.). (2012). Pesquisa em secretariado: cenários, perspectivas e desafios. Passo Fundo, RS: UPF Editora.
Durante, D. G, & Pontes, E. S. (2015). Produção intelectual em Secretariado Executivo: estudo na Revista de Gestão e Secretariado (GeSec). R. G. Secr., GESEC, 6(1), 23-47.
Franks, B. (2014). Social construction, evolution and cultural universals. Culture & Psychology, 20(3), 416-439.
Furman, R., & Collins, K. (2005). Culturally sensitive practices and crisis management: social constructionism as an integrative model. Journal of Police Crisis Negotiations, 5(2), 47-59.
Gergen, J. K. (2010). Construcionismo social: um convite ao diálogo. (G. Fairman, Trad.). Rio de Janeiro: Instituto Noos.
Gergen, J. K. (2015). Culturally inclusive psychology from a construcionist standpoint. Journal for the theory social behavior, 45(1), 95-107.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. (6a ed.). São Paulo: Editora Atlas SA.
Gherardi, S. (2015). To start practice theorizing anew: the contribution of the concepts of agencement and formativeness. Organization, 1-19, set.
Gherardi, S. (2012). How to conduct a practice-based study: problems and methods. Edward. Massachusetts, USA: Elgar Publishing Limited.
Gherardi, S., & Strati, A. (2014). Administração e aprendizagem na prática. Rio de Janeiro: Elsevier, pp. 3-17.
Giddens, A. (2007). O mundo em descontrole: o que a globalização está fazendo de nós. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Record.
Greenfeld, L. (2013). Mind, Modernity, Madness. Harvard University Press.
Hatch, M. J., & Cunliffe, A. L. (2006). Organization theory: modern, symbolic, and postmodern perspectives. (2a ed.). New York: Oxford University Press, pp. 175-219.
Lähdesmäki, T. (2013). Cultural activism as a counter-discourse to the European Capital of Culture programme: the case of Turku 2011. European Journal of Cultural Studies, 16(5), 598-619.
Laraia, R. De B. (2000). Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar.
Lincoln, Y. S., & Guba, E. G. (2006). Controvérsias paradigmáticas, contradições e confluências emergentes. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens, 2, 169-192.
Lozano, S. G. (2006). Gênero y masculinidad: relaciones y practicas culturales. Revista de ciências sociales Universidad de Costa Rica, 155-175.
Oliver, M., Flamez, B., & McNichols, C. (2011). Postmodern Applications within Latino/a Cultures. Journal of professional counseling: practice, theory, and research, 38(3), 33-49.
Rasera, E. F., & Japur, M. (2005). Os sentidos da construção social: o convite construcionista para a psicologia. Paidéia, 15(30), 21-29.
Reckwitz, A. (2002). Toward a theory of social practices: a development in culturalist theorizing. European Journal of Social Theory, 5(2), 243-263.
Sabino, R. F., & Rocha, F. G. (2004). Secretariado: do escriba ao web writer. Rio de Janeiro: Brasport.
Saur-Amaral, I. (2010). Revisão sistemática da literatura. Lisboa: Bubok.
Scarso, D. (2013). Beyond nature and culture? Limes: Borderland Studies, 6(2), 91-104.
Schütz, G. R., Sant'ana, A. S. S., & Santos, S. G. (2011). Política de periódicos nacionais em Educação Física para estudos de revisão sistemática. Revista Brasileira de Cineantropometria do Desempenho Humano, Santa Catarina, 13(4), 313-319.
Schwandt, T. A. (2006). Três posturas epistemológicas para a investigação qualitativa: interpretativismo, hermenêutica e construcionismo social. In Denzin, N. K., & Lincoln, Y. S. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. (2a ed.). (S. R. Netz, Trad.). Porto Alegre: Artmed, pp. 193-217.
Smircich, L. (1983). Concepts of culture and organizational analisys. Administrative Science Quaterly, 339-358, set.
Truss, C., Shantz, A., Soane, E., Alfes, K., & Delbridge, R. (2013). Employee engagement, organisational performance and individual well-being: exploring the evidence, developing the theory. The international Journal of Human Resource Management, 24(14).
Wagner, H. R. (Org.). (1979). Alfred Schutz: fenomenologia e relações sociais. Rio de Janeiro: Zahar, pp. 3-76.
Weber, K., & Dacin, T. M. (2011). The Cultural Construction of Organizational Life: Introduction to the Special Issue. Organization Science, 22(2), 286-298.
Wood, P. (2013). Mind, Modernity, Madness: the impact of culture on human experience. Acad. Quest., 26, 352-359.
Zander, U., & Zander, L. (2010). Opening the grey box: social communities, knowledge and culture in acquisitions, Journal of International Business Studies, 41, 27-37.
Zuin, D. C., & Findlay, P. (2014). Reflections on secretarial work and issues for further studies: a conceptual contribution. R. G. Secr., GESEC, 5(3), 28-48.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
• 1. The author(s) authorize the publication of the article in the journal.
• 2. The author(s) ensure that the contribution is original and unpublished and is not being evaluated in other journal(s).
• 3. The journal is not responsible for the opinions, ideas and concepts expressed in the texts because they are the sole responsibility of the author(s).
• 4. The publishers reserve the right to make adjustments and textual adaptation to the norms of APA.
• 5. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
• 6. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access) at http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html