Secretariado Executivo no Brasil: Quo Vadis?

Autores

  • Ivanete Daga Cielo UNIOESTE
  • Carla Maria Schmidt UNIOESTE
  • Keila Raquel Wenningkamp UNIOESTE

DOI:

https://doi.org/10.7769/gesec.v5i3.256

Palavras-chave:

Cursos de Secretariado Executivo, Evolução, Rumo da profissão

Resumo

A década de 2000 no Brasil foi permeada por um processo de intensificação de oferta de instituições e cursos de ensino superior, decorrente, especialmente, de políticas de reestruturação e expansão das universidades. Esse cenário conduz ao entendimento de que a ampliação do ensino superior no Brasil possa ter ocorrido nas diferentes áreas do conhecimento. Diante disso, torna-se relevante entender a dinâmica particular de desenvolvimento dos cursos de Secretariado Executivo no país. Atualmente, percebe-se uma lacuna nos estudos científicos da área, no sentido de compreender o processo de crescimento ou permanência desses cursos. Sendo assim, este estudo tem o intuito de investigar a realidade dos cursos de graduação em Secretariado Executivo no país e, consequentemente, lançar olhar sobre os rumos da profissão. Especificamente, objetiva-se: a) analisar o processo evolutivo da oferta dos cursos de graduação de Secretariado Executivo no país; b) mapear a oferta desses cursos nas regiões do país. Para tanto, o estudo está embasado a guisa da literatura da área de secretariado. Em termos metodológicos, a pesquisa apresenta abordagem quantitativa, sendo que os principais procedimentos de investigação se deram a partir de pesquisa documental, desenvolvida com base em dados do MEC (2013), ENADE (2012) e IPEA (2013). Os principais resultados remetem a uma reflexão urgente sobre o futuro dos cursos de bacharelado em Secretariado no país, uma vez que estes vêm enfrentando um significativo processo de redução no quantitativo de turmas em funcionamento. Tal conjuntura pode impactar positivamente na oferta de cursos tecnológicos em detrimento aos cursos de bacharelado.

DOI: 10.7769/gesec.v5i3.256

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Biografia do Autor

Ivanete Daga Cielo, UNIOESTE

Graduada em Secretariado Executivo pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (1994) e mestra em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001). Atualmente é professora assistente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná e é aluna regular do programa de pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio - nível de doutorado na Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Atua principalmente nas áreas de secretariado executivo e empreendedorismo. Contato:[email protected]

Carla Maria Schmidt, UNIOESTE

Graduada em Secretariado Executivo pela UNIOESTE, Doutora em Administração pela FEA/ USP e Mestre em Administração  pela FURB. Atualmente está cursando Pós Doutorado pela FURB. É docente da UNIOESTE, nos cursos de Secretariado Executivo e Programa de Pós GraduaçãoStrictu Sensuem Desenvolvimento Regional e Agronegócio. É líder do Grupo de Pesquisa em Secretariado Executivo da Unioeste (GPSEB) e atua como colaboradora na organização da Revista Expectativa. Áreas de atuação e pesquisa: Administração e Secretariado Executivo, com ênfase em Redes, Ações Coletivas e Empreendedorismo. Contato:[email protected]

Keila Raquel Wenningkamp, UNIOESTE

Graduada em Secretariado Executivo pela UNIOESTE. Atualmente é aluna regular do programa de pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio - nível de mestrado - na Universidade Estadual do Oeste do Paraná. É docente temporária da UNIOESTE, no curso de Secretariado Executivo. Atuação e pesquisa: Secretariado Executivo e Ações Coletivas.Contato:[email protected]

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Publicado

2014-12-01

Como Citar

Daga Cielo, I., Schmidt, C. M., & Wenningkamp, K. R. (2014). Secretariado Executivo no Brasil: Quo Vadis?. Revista De Gestão E Secretariado, 5(3), 49–70. https://doi.org/10.7769/gesec.v5i3.256

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