Análise da aderência da Lei de Newcomb-Benford como red flag para identificação de padrões inesperados nas ordens de pagamento emitidas pela Administração Pública Federal no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.7769/gesec.v14i1.1500Keywords:
Red flags, Lei de Newcomb-Benford, FraudesAbstract
A contabilidade registra os eventos econômicos e financeiros ocorridos em organizações variadas, como públicas, privadas e sem finalidade lucrativa. No curso das atividades normais é necessário realizar verificações e confirmações a fim de que seja possível certificar que os resultados apresentados estão de acordo com a realidade patrimonial e financeira nos termos das regras contábeis vigentes. Nesse contexto, as red flags podem auxiliar os avaliadores a estruturarem suas estratégias de investigação e auditoria. Isto porque as red flags são sinais de alerta para fraude que indicam áreas para maior atenção por parte dos auditores. Uma técnica ainda pouco explorada e que tem ganhado atenção se chama Lei de Newcomb-Benford (Lei-NB), que, pelas características, pode ser considerada uma potencial red flag. Ela preconiza que, em uma relação de números qualquer, a probabilidade do 1º dígito de cada um desses números ser 1 é maior do que ser 9. Um ajuste fraco à lei é uma red flag de que há risco de que os dados contenham duplicações anormais e anomalias. Neste trabalho, optou-se por aplicar os testes estatísticos Teste Z e o Teste X². A partir da análise, verificou-se que alguns ministérios apresentam frequência do primeiro dígito diferente daquele proposto pela Lei-NB. Alguns ministérios, como os da Infraestrutura, da Agricultura, a Controladoria-Geral de União e a Advocacia-Geral da União, apresentaram uma realidade próxima ao esperado, enquanto outros, como os da Ciência e Tecnologia, da Educação, da Justiça e Segurança Pública, do Desenvolvimento Regional e da Saúde, apresentaram números bastante discrepantes.
Downloads
References
Association of Certified Fraud Examiners. (2020). Report to the Nations: 2020 Global Study on Occupational Fraud and Abuse. ACFE. https://acfepublic.s3-us-west-2.amazonaws.com/2020-Report-to-the-Nations.pdf
Attie, W. (2018). Auditoria: Conceitos e aplicações (7. ed.). Atlas.
Benford, F. (1938). The Law of Anomalous Numbers. Proceedings of the American Philosophical Society, 78(4), 551–572. https://www.jstor.org/stable/984802
Brasil. Controladoria-Geral da União. (2020). Portal da Transparência: Dados abertos. CGU. http://www.portaltransparencia.gov.br/download-de-dados
Conselho Federal de Contabilidade. (2016). Norma Brasileira de Contabilidade NBC TA 240 (R1): Responsabilidade do auditor em relação a fraude, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis. CFC.
Crepaldi, S. A., & Crepaldi, G. S. (2017). Auditoria contábil: Teoria e prática (10. ed.). Atlas.
Deloitte Brasil. (2019). Vigilância contra fraudes no Brasil: Estruturas de combate e tratamento a incidências: Pequisa 2019. IBGC, IAA Brasil, ACFE Brasil. https://www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/br/Documents/risk/Vigilancia-contra-fraudes-Brasil-Relatorio.pdf
Foster, R. P. (2006). Auditoria contábil em entidades do terceiro setor: Uma aplicação da Lei Newcomb-Benford. [Dissertação de mestrado, Programa Multiinstitucional e Inter-Regional da Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da Universidade de Brasília. https://repositorio.unb.br/handle/10482/5956?locale=en
Instituto Antônio Houaiss. (2009). Fraude. In Dicionário Houaiss Eletrônico da Língua Portuguesa [Software versão monousuário]. Objetiva.
Instituto dos Auditores Internos. (2009). Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (IPPF): Guia prático: Auditoria interna e fraude. IAA Brasil. https://iiabrasil.org.br/
Malhotra, N. K. (2001). Pesquisa de marketing: Uma orientação aplicada (3a ed.). Bookman.
Newcomb, S. (1881). Note on the frequency of use of the different digits in natural numbers. American Journal of Mathematics, 4(1), 39–40. https://doi.org/10.2307/2369148 DOI: https://doi.org/10.2307/2369148
Nigrini, M. J. (2012). Benford’s law: Applications for forensic accounting, auditing and fraud detection. Wiley. DOI: https://doi.org/10.1002/9781119203094
Parodi, L. (2008). Manual das fraudes (2. ed.). Brasport.
Reinstein, A., & McMillan, J. (2004). The Enron debacle: More than a perfect storm. Critical Perspectives on Accounting, 15(6–7), 955–970. https://doi.org/10.1016/j.cpa.2003.08.006 DOI: https://doi.org/10.1016/j.cpa.2003.08.006
Sherman, H. D., & Young, S. D. (2016). Onde as demonstrações financeiras ainda erram. Harvard Business Review Brasil, 94(7), 70-78.
Singleton, T. W., & Singleton, A. J. (2010). Fraud auditing and forensic accounting (4th ed.). Wiley. DOI: https://doi.org/10.1002/9781118269183
Tribunal de Contas da União. (2018). Referencial de combate a fraude e corrupção: Aplicável a órgãos e entidades da Administração Pública (2. ed.). TCU, Segecex, Seccor, Semec. https://bit.ly/3Xkrxy0
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Luciano Souza Gonçalves , Ivone Vieira Pereira , Claudemir Bertuolo Furnielis , Leninne Guimarães Freitas

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
• 1. The author(s) authorize the publication of the article in the journal.
• 2. The author(s) ensure that the contribution is original and unpublished and is not being evaluated in other journal(s).
• 3. The journal is not responsible for the opinions, ideas and concepts expressed in the texts because they are the sole responsibility of the author(s).
• 4. The publishers reserve the right to make adjustments and textual adaptation to the norms of APA.
• 5. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication, with the work [SPECIFY PERIOD OF TIME] after publication simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
• 6. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
• 7. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access) at http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html