Assédio moral sutil em uma organização pública do poder legislativo
DOI:
https://doi.org/10.7769/gesec.v11i3.1091Keywords:
Assédio Moral, Assédio Sexual, Organização Pública, Violência interpessoalAbstract
O objetivo neste artigo foi compreender a percepção de práticas de assédio moral e identificar as práticas que favorecem a ocorrência e o combate ao assédio moral na percepção dos trabalhadores de uma organização pública do Poder Legislativo. Amplia-se, assim, o estudo para além de universidades e órgãos do Poder Judiciário, que têm sido as organizações mais recorrentes nas análises. Os dados primários foram coletados mediante um questionário enviado via e-mail e analisados por meio da análise de conteúdo. Como principais achados de pesquisa, tem-se que os trabalhadores não reconhecem a característica de reiteração no conceito de assédio, o que nos faz reconhecer o conceito de violência interpessoal, e que um grande desafio refere-se à dificuldade de se comprovar situações de boicotes e silenciamentos, isto é, de assédio moral sutil. Concluímos que práticas violentas muitas vezes estão em um espectro de maior discricionariedade do gestor. Quanto maior esta, maior a dificuldade de comprovação do assédio moral que ocorre de forma sutil.
Downloads
References
Bardin, L. (2009). Análise de Conteúdo. 5. ed. Lisboa: Edições 70.
Boaventura, E. (2004). Metodologia de pesquisa: monografia, dissertação, tese. São Paulo: Atlas.
Chapadeiro, B. (2015). Relato de caso de assédio moral num hospital público de SP: entre o (des)serviço e a (in)justiça. In: Gediel, J. A. P.; Silva, E. F. S. & Mello, L. E. (Orgs.). Estado, poder e assédio: relações de trabalho na administração pública. Curitiba: Kairós.
Corrêa, A. & Carrieri, A. (2004). O assédio moral degradando as relações de trabalho: um estudo de caso no poder judiciário. Rev. Adm. Pública, v. 38, n. 6, p. 1065-1084, nov./dez.
Fox, S. & Stallworth, L. (2005). Racial/ethnic bullying: exploring links between bullying and racism in the US workplace. Journal of Vocational Behavior, v. 66, p. 438-456, jun.
Freitas, M. (2001). Assédio moral e assédio sexual: faces do poder perverso nas organizações. Rev. adm. empres., São Paulo, v. 41, n. 2, p. 8-19, abr./jun.
Freitas, M. (2007). Quem paga a conta do assédio moral no trabalho? RAE-eletrônica, v. 6, n. 1, s/p, jan./jun.
Gediel, J. & Mello, L. (2015). Estatuto jurídico do trabalho, formas de regulação e assédio moral. In: Gediel, J., Silva, E. & Mello, L. (Orgs.). Estado, poder e assédio: relações de trabalho na administração pública. Curitiba: Kairós.
Gonçalves, C. & Meirelles, A. (2004). Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas.
Harrington, S., Warren, S. & Rayner, C. (2015). Human resource management practitioner’s responses’s to workplace byllying: cycles of symbolic violence. Organization, London, v. 22, n. 3, p. 368-389, dez.
Heloani, R. & Barreto, M. (2015). Assédio moral nas relações sociais no âmbito das instituições públicas. In: Gediel, J., Silva, E. & Mello, L. (Orgs.). Estado, poder e assédio: relações de trabalho na administração pública. Curitiba: Kairós.
Hirigoyen, M.-F.(2001). Assédio moral: a violência perversa no cotidiano. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Irigaray, H., Saraiva, L. & Carrieri, A. (2010) Humor e discriminação por orientação sexual no ambiente organizacional. RAC-Eletrônica, v. 14, p. 890-906, out.
Leymann, H. (1996). The content and development of mobbing at work. European Journal of Organizational Psychology, v. 5, n. 2, p. 165-184, jan.
Lewis, D. & Gunn, R. (2007). Workplace bullying in the public sector: understanding the racial dimension. Public Administration, v. 85, n. 3, p. 641-665, aug.
Linstead, S., Maréchal, G. & Griffin, R. (2010). Special issue on “The dark side of organization”. Organization, v. 31, n. 8, p. 1170-1172, jun.
Linstead, S., Maréchal, G. & Griffin, R. (2014). Theorizing and researching the dark side of organization. Organization, v. 35, n. 2, p. 165-188, feb.
Medeiros, C. (2016). Crimes corporativos: explorando o dark side das organizações. Rev. adm. empres., v. 56, n. 5, p. 419-419, jul./ago.
Mendonça, J. M. B., Santos, M. A. F. & Paula, K. M. (2018). Assédio moral no trabalho: estado da arte e lacunas de estudos. Gestão e Regionalidade, v. 34, n. 100, p. 38-55, jan./abr.
Monteiro, D. (2013). E quando o salário é alto? Um estudo sobre o sofrimento e o adoecimento do servidor efetivo de uma organização pública do Estado de Minas Gerais. Dissertação (Mestrado em Psicologia). Universidade Católica de Minas Gerais. Belo Horizonte.
Nunes, T., Tolfo, S. & Nunes, L. (2014). Assédio moral no trabalho em universidade sob a perspectiva dos observadores da violência. Revista de Carreiras e Pessoas, v. 4, n. 2, p. 166-176, mai./ago.
Pate, J. & Beaumont, P. (2010). Bullying and harassment: a case of success? Employee Relations, v. 32, n. 2, p. 171-183, jan.
Petri, M., Severo, E. & Guimarães, J. (2015). A produção científica brasileira sobre assédio moral entre 2009 e 2014. Espacios, v. 36, n. 22, s/p.
Pinto, R.; Paula, A. (2013). Do assédio moral à violência interpessoal: relatos sobre uma empresa júnior. Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 11, n. 3, p. 340-355, set./nov.
Pooli, A. & Monteiro, J. (2018). Assédio moral no judiciário: prevalência e repercussões na saúde dos trabalhadores. Rev. Psicol., Organ. Trab., v. 18, n. 2, p. 346-353, abr./jun.
Ramos, A. (2013). Assédio moral no ambiente laboral. Âmbito Jurídico, v. 16, n. 112.
Salin, D. (2003). Ways of explaining workplace bullying: a review of enabling, motivating and precipitating structures and processes in the work environment. Human Relations, v. 56, n. 10, p. 1213-1232, oct.
Samnani, A.-K. (2013). “Is this bullying?” Understanding target and witness reactions. Journal of Management Psychology, v. 28, n. 3, p. 290-305, mar.
Samnani, A.-K & Singh, P. (2012). 20 years of workplace bullying research: a review of the antecedents and consequences of bullying in the workplace. Aggression and Violent Behavior, v. 17, p. 581-589, oct.
Sayer, A. (2007). Dignity at work: broadening the agenda. Organization, v. 14, n. 4, p 565-581, jul.
Soboll, L. & Heloani, R. (2008). A origem das discussões sobre assédio moral no Brasil e os limites conceituais. In: Soboll, L. Assédio moral/organizacional: uma análise da organização do trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Speedy, S. (2006). Workplace violence: the dark side of organisational life. Contemporary Nurse, v. 21, n. 2, p. 239-250, mar.
Vasconcelos, Y. L. (2015). Assédio moral nos ambientes corporativos. Cad. EBAPE BR, v. 13, n. 4, p. 821-851, out./dez.
Yin, R. (2001). Estudo de Caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman.
Wang, Q, Bowling, N. A., Tian, Q., Alarcon, G. M. & Kwan, H. K. et al. (2018). Workplace harassement intensity and revenge: mediation and moderation effects. Journal of Business Ethics, n. 151, p. 213-234, aug.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
• 1. The author(s) authorize the publication of the article in the journal.
• 2. The author(s) ensure that the contribution is original and unpublished and is not being evaluated in other journal(s).
• 3. The journal is not responsible for the opinions, ideas and concepts expressed in the texts because they are the sole responsibility of the author(s).
• 4. The publishers reserve the right to make adjustments and textual adaptation to the norms of APA.
• 5. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication, with the work [SPECIFY PERIOD OF TIME] after publication simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
• 6. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
• 7. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access) at http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html